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Identidade virtual é muito importante.


Hoje sofremos uma transformação profunda na forma como os indivíduos se comunicam e tomam decisões, com impactos que ainda não se consegue perceber em toda a extensão.

Envolvendo desde a seleção da escola dos filhos (ou a própria) até a compra de um apartamento, ou a aquisição de um produto de consumo, as escolhas são influenciadas fortemente pelas experiências compartilhadas com o círculo de relacionamento de cada um.

Também é fato que a ampliação da oferta de informação, produtos e serviços levou a um excesso que, ao invés de facilitar, por vezes dificulta até a mais simples decisão.
As redes sociais na internet têm atuado como filtros, organizando esse excesso e gerando informação qualificada.

A Sophia Mind, empresa de pesquisa de mercado do grupo Bolsa de Mulher, constatou que a internet é fonte de informação sobre produtos e serviços para 67% das mulheres. De acordo com o site IDG Now!, que publicou a pesquisa, 42% das entrevistadas buscam informações sobre fabricantes, 62% procuram orientação sobre produtos e 70% pesquisam preços.



Reproduzindo o comportamento feminino no “mundo real”, as internautas usam redes sociais para comentar, recomendar ou criticar produtos e serviços, compartilhando suas experiências: a maioria das entrevistadas já comprou algum produto por indicação de relacionamentos nas comunidades virtuais (é bom lembrar que as mulheres são responsáveis por cerca de 80% das compras familiares).

Reforçando o argumento, outra pesquisa recente, desenvolvida pela InPress Porter Novelli e pela empresa de análise de mídia E.Life, com internautas ativos nas redes sociais, indicou que 29,3% dos entrevistados usam a internet para se informar sobre produtos e serviços antes da compra, 79,3% fazem compras em sites e 42,9% recomendam produtos e serviços nas redes sociais. Um relatório da consultoria de comércio eletrônico E-bit mostrou que 39% das pessoas consideram muito importante a opinião de outros na hora de escolher um ponto de venda ou um produto, e 55% dos que compram pela internet declararam que deixam seus comentários em sites de comércio. Para esse novo consumidor, chamado de “new info shopper” nos Estados Unidos, a publicidade não é mais a principal referência, conforme declararam 78% dos entrevistados em pesquisa da Penn, Schoen and Berlande. E 92% declararam confiar mais nas informações que buscam na web do que em qualquer outra fonte.

Estudo recente da Chadwick Martin Bailey and iModerate Research Technologies concluiu que os consumidores têm 67% mais propensão a comprar marcas que seguem no microblog Twitter e 51% se utilizam do Facebook. Em paralelo, os internautas que estão no Twitter são 76% mais propensos a recomendar um produto ou serviço a um amigo. Também agem assim 60% dos que estão no Facebook.
As redes sociais ampliam possibilidades: ao invés do individuo contar com um círculo relativamente restrito de “amigos” (vizinhos, família, colegas de trabalho etc.), e neles confiar, este mesmo individuo tendo acesso a uma rede social irá dispor de uma variedade de recursos em tese mais apropriados para atender a suas diversas necessidades, tendo acesso a um universo amplo de conexões, para lhe auxiliar na escolha de um produto ou serviço.
O comportamento das novas gerações indica uma tendência: pesquisa da consultoria americana Mediamark Research, apurou que, nos Estados Unidos, 46,3% das crianças entre 6 e 11 anos usam a internet para conferir produtos que veem na mídia tradicional (mesmo sem ter poder de compra).
O sistema aparentemente mais sofisticado e, sem dúvida, o mais rentável, é o dos links patrocinados criados pelo Google. Um programa baseado em algoritmos relaciona os links (anúncios) de empresas patrocinadoras a uma palavra digitada pelo internauta no campo de busca. Cada vez que o internauta clica em um desses anúncios, a empresa paga ao Google um valor predefinido.
As interconexões no contexto da internet são bem complexas e estão longe de ser compreendidas na sua totalidade, apesar do esforço e investimento feitos pelas empresas líderes do mercado. Há consenso sobre a força do efeito de contágio, no qual o internauta, ao compartilhar suas experiências de consumo, acaba por afetar a decisão de outros. A Web 2.0 praticamente eliminou os processos individuais: mesmo quando não parece, estamos decidindo influenciados por esse universo de conexões.